Cosan avança projeto para construção de terminal portuário no Maranhão

Em pouco mais de um ano, a Cosan investiu R$ 21 bilhões em novos negócios, a maior parte (R$ 17,4 bilhões) na compra de uma participação de 4,9% na gigante da mineração Vale. E provavelmente há mais por vir: a empresa decidirá até meados de 2024 pela construção de um terminal no Porto de São Luís, no estado do Maranhão, o que exigiria US$ 650 milhões em investimentos em sua primeira etapa.

O mais provável é que a empreitada decole. Com 200 hectares de área licenciada, o terminal, de propriedade integral da Cosan, ficaria localizado a seis quilômetros da Estrada de Ferro Carajás, com estrutura pronta para dois berços e potencial para movimentar inicialmente 25 milhões de toneladas/ano. Esta capacidade poderá ser posteriormente ampliada para 115 milhões de toneladas/ano.

“Poderíamos iniciar a construção já em 2024 se a decisão for seguir em frente”, disse Leo Pontes, CEO da Cosan Investimentos, durante o Cosan Day. Além do terminal, que atenderia uma região que enfrenta dificuldades logísticas, a Cosan assinou um memorando de entendimento com o fundador da Aura Minerals, Paulo Brito, para potencialmente estabelecer uma joint venture que reuniria o porto e três ativos de mineração no estado de Pára.

Os planos de construção do terminal portuário estão atualmente mais maduros do que os de formação da joint venture, que ainda depende de reservas comprovativas, entre outras condições que devem ser cumpridas até meados de 2024. A Cosan poderá construir o terminal por conta própria ou buscar alternativas, inclusive com outros parceiros, caso a joint venture não vá adiante. A estrutura de financiamento do projecto depende precisamente desta definição.

Segundo Pontes, o investimento multibilionário na Vale trouxe novidades em relação à estratégia anterior, inclusive não exercer controle sobre o negócio. O CADE, órgão antitruste do Brasil, autorizou a Cosan a aumentar sua posição na Vale em até 6,5%.

Segundo o presidente Luis Henrique Guimarães, o atual portfólio de negócios da Cosan está no formato e tamanho ideais, permitindo exportar cada vez mais produtos nos quais o Brasil tenha vantagem competitiva em meio ao avanço da transição energética, independentemente dos cenários político e econômico. “Nosso portfólio tem o tamanho que queremos e nos setores que queremos”, disse ele. “A segurança do carbono é fundamental para diferentes nações e temos empresas posicionadas para isso.”

Fonte: Valor Econômico

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