O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu prorrogar o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei da Ordem (GLO) em portos e aeroportos dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo por mais 30 dias, até 4 de junho de 2024. Isso significa que fuzileiros navais continuarão patrulhando o Porto de Santos.

A medida, que terminaria na úlltima sexta (3), está em vigor desde o dia 6 de novembro do ano passado e envolve um contingente de 3,7 mil militares das Forças Armadas, atuando diretamente na segurança pública contra o crime organizado. O decreto com a prorrogação foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Balanço divulgado pelo Governo Federal indica que, desde o início da ação coordenada das forças de segurança, cerca de 172,3 toneladas de drogas foram apreendidas, 282 armas e mais de 3,1 mil pessoas foram presas. Houve 11,2 mil fiscalizações em embarcações e 107,6 mil cargas inspecionadas.

Para entender a importância do Porto de Santos é preciso saber que ele é o mais movimentado da América do Sul. O gráfico abaixo mostra as importações e exportações marítimas de contêineres movimentados no porto. As informações foram derivadas do DataLiner.

Exp e Imp de contêineres | Porto de Santos | Jan 2021 – Mar 2024 | TEUs

Decisão conjunta

A decisão do presidente foi amparada por parecer assinado pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio Monteiro, com a concordância do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

A GLO permite que o Governo Federal, por meio das Forças Armadas, a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, atue em ações, além do Porto de Santos, nos portos do Rio de Janeiro e Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, bem como no Aeroporto do Galeão, no Rio, e no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A GLO tem validade apenas em territórios federais.

Custos

O valor empregado em diárias e custos operacionais ficou em R$ 215,6 milhões, divididos entre Polícia Federal (R$ 3,2 milhões), Força Nacional (R$ 1,5 milhão), Forças Armadas (R$ 182 milhões) e Polícia Rodoviária Federal (R$ 28 milhões).

“A sugestão de prorrogação da operação para o combate ao crime organizado leva em consideração a pendência de conclusão de algumas medidas e a avaliação dos bons resultados alcançados por todos os órgãos envolvidos”, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em nota.

Na avaliação do Ministério, “o conhecimento gerado e as ações de inteligência desenvolvidas e aprimoradas representam um legado à gestão da segurança pública no País e, em especial, aos cidadãos brasileiros”, finaliza.

Fonte: A Tribuna

Clique aqui para ler o texto original: https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/forcas-armadas-continuarao-no-porto-de-santos

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